sobre a tal coragem de ser vulnerável

“Eu sei que é um discurso lindo e que na prática é duro ter a coragem de ser vulnerável, de enfrentar tantos riscos, mas eu acredito demais que vale muito a pena.”

Sim, para ser vulnerável é preciso muita e muita coragem. Precisa-se de coragem porque a vulnerabilidade dói, fere, dá medo, dá vergonha…. ela ativa muitos dos nossos gatilhos de defesa. Ela nos faz sentir pessoas expostas, fragilizadas, suscetíveis. Ela nos faz sentir aquilo que passamos a vida toda criando estratégias para não sentir: impotência

Crescemos acreditando que a vulnerabilidade implica uma situação de grande risco, portanto eu deveria evitar, fugir ou me defender. E não é mentira, estar vulnerável significa sim estar numa situação de risco. Risco de ser julgada, de ser atingida, de ser questionada, de ser machucada… risco de ser vista de cara limpa, sem minhas armas protetoras. O que a gente pouco se dá conta, é que estar invulnerável também tem muitos riscos: risco de se converter incoerente, risco de perder a empatia, risco de não criar reais vínculos, risco de me isolar no meu muro de proteção, risco de nunca ser verdadeiramente vista porque simplesmente já não sei quem sou por detrás dessa implacabilidade que construí ao meu redor.

Vulnerabilidade, para mim, é como a nudez: tão temida quanto desejada

Apesar de toda força dos medos e receios relacionados à ideia de estar vulnerável, o que percebo na minha jornada de trabalhar com pessoas é que há também uma força de atração, uma parte nossa que se deleita com a possibilidade de finalmente poder estar nua, desmascarada. É uma mistura de tensão e alívio no corpo, eu me enrijeço diante da possibilidade de me expor assim vulnerável, mas eu também repouso na idéia de entregar as armas, baixar a guarda, parar de lutar e fugir, deixar de maquinar estratégias e simplesmente me mostrar assim: verdade nua e crua. Simples assim.

Mas a vulnerabilidade é para as pessoas desbravadoras, para as audaciosas que ousam quebrar seus muros de proteção e enfrentar os riscos de peito aberto. É para as pessoas otimistas que acreditam que vale a pena dar a cara a tapa, porque o que vou receber de volta é muito mais valioso do que doloroso. Vulnerabilidade é para aquelas pessoas que têm a liderança nata dentro de si, aquele ímpeto de enfrentar, se arriscar e mobilizar uma multidão inteira apenas pela força do seu exemplo real, coerente, honesto, verdadeiro. Líderes que são, e não precisam parecer ser. Líderes que se expõem porque sabem que o que vier se transformará em aprendizado, em caminhos para evoluir, para poder ser ainda mais.

Estão faltando pessoas líderes assim: que são chama de inspiração que queima e se renova. 

É incrível estar diante de uma pessoa com a coragem de ser vulnerável

Quando eu encontro uma pessoa dessas pelos meus caminhos, é puro tesão. É vivacidade, é energia potente. E eu tive a sorte de encontrar algumas dessas por aí, pessoas com personalidades diversas, algumas mais extrovertidas, outras mais quietas, algumas mais aceleradas, outras mais cautelosas… mas todas me fazem sentir a mesma força propulsora chamada coragem. Pessoas corajosamente vulneráveis são fodas, essa é a verdade. Se você conhece ou conheceu alguém assim, você sabe do que estou falando. E se você é alguém assim, você provavelmente está humildemente sorrindo por dentro, reconhecendo-se sem se exaltar. Porque assim são as pessoas corajosamente vulneráveis: brutalmente honestas com sua grandeza tanto quanto com sua pequenez. 

Eu sei que é um discurso lindo e que na prática é duro ter a coragem de ser vulnerável, de enfrentar tantos riscos, mas eu acredito demais que vale muito a pena. Não acredito que alguém consiga ser 100% disposto a estar vulnerável o tempo todo, todos precisamos às vezes nos recolher, nos proteger e cuidar da privacidade do nosso mundo interno, até para renovar nossas forças para seguir enfrentando os riscos que não se acabam, afinal, a sociedade não vai tornar nada disso fácil. As empresas então, muito menos. As dinâmicas e políticas organizacionais ainda estão arraigadamente construídas na base dos jogos de poder, das disputas por ego. Por mais cool startup que a empresa seja, a maioria ainda respira dinâmicas de sobrevivência: luta e fuga. É duro, não vai ser fácil, mas eu acredito que vale mesmo a pena desbravar tudo isso.

Eu agradeço imensamente todas as pessoas que cruzaram meus caminhos e me foram fonte de propulsão e inspiração. Eu agradeço ter tido pessoas que me foram referências para a mudança, pessoas que me ajudaram a seguir acreditando que vale a pena sim. Que ter a coragem de ser vulnerável é uma escolha diária e que o valor recebido supera em muito a dor enfrentada.

Termino desejando que você também tenha ao seu redor pessoas que são chamas para sua vulnerabilidade e que te apoiem a ser você mesmo uma dessas maravilhosas chamas.    

Gracias,

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