Saúde mental: a importância de criar uma cultura de trabalho que a valoriza

A pandemia acelerou muitas mudanças e revelou a frágil saúde mental do trabalhador em todo o mundo, nos colocando em um longo caminho — mas na direção certa — para falar sobre o tema e normalizar a vulnerabilidade. Mais do que nunca, a necessidade das empresas e executivos de adotarem uma abordagem proativa e humanizada para lidar com esse assunto foi evidenciada e reforçada.

Um estudo sobre saúde mental conduzido pela Mental Health America mostrou dados preocupantes: 54% dos trabalhadores entrevistados na pesquisa disseram não relatar tais problemas aos seus líderes e empresas porque sentem que suas contribuições não seriam ouvidas ou não importariam.

Um outro estudo, publicado pela Harvard Business Review, aponta que aproximadamente 60% das pessoas com problemas de saúde mental diagnosticáveis não falam sobre isso no trabalho e daqueles que o fizeram, menos da metade relatou que essas conversas foram “positivas”. Isso destaca a forte necessidade de uma liderança mais sensível e atenta ao bem-estar mental e emocional de suas equipes.

No ano passado, Deloitte e Fortune conduziram uma série de pesquisas com CEOs para obter informações sobre as perspectivas deles sobre a pandemia e outros eventos recentes. Em outubro de 2020 os CEOs deixaram claro que o bem-estar mental dos funcionários era uma área de foco principal: quase três em cada quatro deles disseram estar preocupados com a sua própria saúde mental e com o bem-estar da equipe executiva nos últimos seis meses, enquanto 90% disseram que tomaram medidas para apoiar a saúde mental e o bem-estar de seus funcionários.

Uma pesquisa mais recente – realizada em janeiro de 2021 pela Stanford – mostrou que 98% dos CEOs concordam que a saúde mental do trabalhador e seu bem-estar serão uma prioridade, mesmo depois que a pandemia acabar. 

Saúde mental do trabalhador X bem-estar da empresa

Uma vez que as mudanças culturais e comportamentais que contemplam a saúde mental do trabalhador são uma  forte condição para o crescimento do negócio, ignorar essas necessidades dos colaboradores seria sinônimo de ignorar o bem-estar da própria empresa.

Tentando se apropriar de um olhar mais positivo, todo esse contexto de mudanças trouxe ao menos a oportunidade de abrirmos uma porta para interações humanas mais genuínas ao remover, para muitos de nós, essa parede artificial que dividia nossas vidas profissionais e pessoais.

Tornou-se mais aceitável para CEOs e líderes expressarem preocupação e cuidado reais com o bem-estar mental dos seus colaboradores. Da mesma forma, deixar de expressar esse cuidado e ignorar oportunidades de criar momentos de conexão pessoal podem ter efeitos devastadores em circunstâncias em que esses momentos importam mais do que nunca para a saúde mental, engajamento e bem-estar da força de trabalho.

Para sinalizar a compreensão da gravidade dessa situação, os CEOs e pessoas em posições de liderança podem abrir essa porta explorando sua própria vulnerabilidade: compartilhar suas próprias histórias ou até mesmo uma atitude simples de admitir que “tive um dia difícil” podem ajudar muito a normalizar essas conversas, mostrando aos funcionários que ninguém está sozinho lutando contra esses sentimentos.

A voz da liderança é importante e tem uma forte capacidade de influenciar os funcionários, que tendem a reproduzir o comportamento dos seus líderes: não há nada mais poderoso do que uma história autêntica de um CEO ou de um líder para encorajar todos a se abrirem, muitas vezes, pela primeira vez. 

Além de criar um ambiente seguro onde os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar seus anseios e dificuldades, a empresa também precisa criar mecanismos para estimular que todos participem ativamente dessa conversa e reforçar o quanto esse engajamento promove o bem-estar de todos individualmente e da organização coletivamente. Felizmente, nenhum desses elementos requer grandes investimentos ou recursos, simplesmente um compromisso consistente e sincero de todas as partes para melhorar a saúde mental do trabalhador no ambiente profissional.

Como melhorar o bem-estar mental na empresa

Já para se aprofundar e oferecer uma gama maior de soluções, esse processo exige que as empresas reúnam dados significativos sobre o bem-estar mental dos funcionários e seu desempenho por meio de pesquisas regulares — anônimas ou não — e até mesmo através de conversas individuais.

Analisar e revisar esses dados com frequência são fundamentais para entender as diferentes necessidades e fatores de estresse que os funcionários enfrentam. Além disso, a empresa terá capacidade de analisar se seus colaboradores recebem o suporte que precisam para um bom desempenho e tem a oportunidade de examinar fatores que podem aumentar os riscos de um funcionário desenvolver depressão ou ansiedade. A partir desses dados fica mais fácil se dedicar a desenvolver um planejamento de ações assertivo e eficiente. 

Valorizando a saúde mental do trabalhador na prática

As empresas que demonstram seu comprometimento com o tema exploram um conjunto de ferramentas variado, como por exemplo:

  • Campanhas educacionais e conscientização através de e-mails, comunicações internas ou até mesmo nas redes sociais;
  • Palestras e workshops conduzidos por especialistas sobre a importância de uma alimentação saudável, riscos atrelados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cigarro, dicas para melhorar a higiene do sono, incentivo à prática de atividades físicas e reeducação alimentar;
  • Aulas virtuais de yoga, música, dança, meditação e hobbies centrados em arte são recursos que ajudam a promover benefícios como maior concentração, redução do estresse e um impacto positivo na dinâmica interpessoal;
  • Acompanhamento individualizado incluindo uma rede de apoio psicológico, orientação financeira e jurídica;
  • Short Friday ou folgas coletivas em sinal de agradecimento aos esforços dos funcionários durante o período de pandemia;
  • No Meeting Day: permitindo que o colaborador reserve um dia por semana para se concentrar no trabalho sem ser interrompido por reuniões, o que pode aumentar a produtividade e reduzir o estresse;
  • Adoção do home office ou políticas de trabalho híbrido, estabelecimento de horários flexíveis e novas rotinas de trabalho para colaboradores que precisam gerenciar a rotina com filhos e/ou pessoas idosas no mesmo ambiente em que trabalham;
  • Licença de luto pela morte de entes queridos e também de pets. 

Tudo isso passa por um local de trabalho saudável, que apoia a diversidade e inclusão e que aceita as individualidades dos seus funcionários. Uma organização inclusiva aumenta efetivamente o engajamento e a retenção dos funcionários. Quando as pessoas são capazes de integrar totalmente seu eu pessoal e profissional, elas se sentem mais vistas, mais ouvidas, mais aceitas e, sem dúvida, mais felizes!

– Jaqueline Mandelli

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