Sobre fuga e não-ação.

Para começar, vou citando uma das mulheres maravilhosas que encontrei pelo meu caminho e foi uma grande mestra para o meu desenvolvimento pessoal e profissional: Carolina Bergier. Dessas pessoas simples e potentes, de pés descalços, cabelos ao vento e alma livre. Se não a conhece, não perca tempo e descubra mais sobre seu trabalho pelo site www.carolinabergier.com.br

Um dia, Carol nos disse:

“A gente, no fundo, sabe que está faltando algo e não está efetivamente fazendo nada para manifestar essa realidade. Passamos a confiar menos em nossas próprias ações e vamos nos afundando na ideia de que uma vida bonita só é possível no mundo dos sonhos palavreados, e não na realidade encarnada. Investimos cada vez mais energia nas ideias, vivemos lindas realidades em nossa imaginação, com pouco — ou nenhum — lastro de realidade na matéria.”

Me tocou profundamente dar-me conta de quantas vezes escolhi, e ainda escolho, (inconscientemente) viver no mundo das ideias, sem de fato materializá-las. Materializar convida a se arriscar, a ter coragem de falhar e, especialmente, coragem de vencer. Ambos nos dão medo, falhar e vencer. Martin Luther King já dizia que “nosso maior medo não é de sermos inadequados, é de sermos poderosos.”. Dá muito medo descobrir que temos poder, que somos grandes, que somos capazes. Tem aquela velha história do “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” que, na minha opinião, só nos paralisa, mais que nos impulsiona.

A não-ação me protege. Se virão grandes responsabilidades, será que vou dar conta? 

É fácil e gostoso imaginar o dia no qual estarei trabalhando com algo que me preenche, abrindo minha própria empresa, fazendo minhas próprias escolhas, vivendo segundo minhas regras, tendo qualidade de vida e por aí vai. Cada um com sua fantasia. É fácil e gostoso. É anestesiante. Viciante. Inebriante. Tão inebriante que viver na imaginação quase me faz sentir um prazer real. Mas não é real. Estamos só alimentando um processo de “fugalização”. Fuga pela imaginação.

É tão comum entrarmos em um novo desafio profissional e pensarmos que não está na hora de nos posicionarmos. Acreditamos que precisamos nos provar antes e, quando o fizer, aaaah aí eu vou lutar as lutas que lutei em minha imaginação. É tão comum, dentro das organizações, pensarmos que, quando eu tiver um determinado cargo e hierarquia, eu irei fazer algo diferente. A gente se deleita pensando que as pessoas que (acreditamos) já têm estas condições não o estão aproveitando bem e aaah, como eu farei diferente quando for minha vez!

Será que estamos mesmo chegando a fazer diferente ou só empurrando pra esse tal futuro que nunca se realiza? Será que ele nunca chega mesmo ou só estamos encontrando desculpas para que ele não chegue?

Quando vamos permitir que nosso futuro imaginado seja nosso presente real, afinal?

Eu gosto da ideia do “imaginou, faça!”. Não precisa fazer tudo, mas caminhe nesta direção. A imaginação é um maravilhoso instrumento para nos conectar com novas possibilidades. Um fio condutor para novas realidades, Novos mundos começam com algo imaginado, depois realizado. Se eu deixo a chama da imaginação morrer na minha fugalização, então eu seguirei vivendo no mundo dos “sonhos palavreados e não encarnados”.

“Faça algo” é encarnar sua imaginação. Um bebê não nasce correndo e fazendo grandes acrobacias, ele nasce rolando de lado, depois engatinhando, depois caminhando, depois correndo, depois piruetando. Encarnar nossas ideias e intenções imaginárias passa pelo mesmo processo. O poder nasce devagar, não precisamos ser afogados por grandes feitos e grandes responsabilidades. Tomamos o tamanho que nos cabe tomar, até que nos seja possível tomar mais. Mas se não começarmos a permitir que apenas nasça, não vai crescer e não acontecer nada. Simples assim.

O teu contexto pode não facilitar que suas imaginações ganhem vida, mas o que você está fazendo para dar você vida a elas? Na medida do possível, no ritmo que for, no passinho que der, do tamanho e da potência que couber. Precisamos sair da idealização, do extremismo, do perfeccionismo, do “ou farei muito bem feito ou nem farei”. Nessa luta, cara pessoa, o “nem farei” acaba, na maioria das vezes, por vencer. Se formos esperar as condições ideais, vamos seguir no não-fazendo. “Ideal” vem do campo das ideias e não do campo da realidade. Já se deu conta? Se você quer algo feito, busque condições REAIS, e não ideais.

Imagine projetos, imagine mudanças, imagine possibilidades. Abrace suas intenções imaginárias. Saboreie-as. E se dê o desfrute de realizá-las. Goze de ações reais. Observe seu impulso de  fugalizar mascarado de “não é possível”, “agora não”, “quando algo acontecer”. Somos ótimos em contar histórias tão factíveis que nós mesmos acabamos por acreditar nas desculpas que embasam nossa fuga.

Fuja da fuga.

Você pode não ter espaço para levantar a mão e dizer o que quer que pense no seu trabalho, mas o que você pode fazer dentro do teu contexto real? Sempre há algo, por menor que seja, por mais irrelevante que acreditamos ser. Nós é que não queremos ver ou fazer. Talvez você me diga “é que não vale a pena”. E eu te respondo: e está valendo a pena ficar vivendo de imaginação e não-ação?

E se você se permitisse realizar um trocito de tudo isso que imagina, o que realizaria?

Realize.

Gracias,

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